Tete's Mind: Consumo virou tradição: festas de final de ano são desculpas para ser consumista

Oi gente, sei que ainda é agosto, mas minha mãe disse para eu começar a olhar roupa para o final do ano, pois, não quer se eu use "roupa velha", ou de bazar. Como vocês sabem, eu amo falar sobre consumismo na moda, algo que Nalanda me fez pensar quando toquei no assunto, foi como outros países celebravam a data. Durante minha pesquisa, encontrei uma matéria que discutia o assunto. Na matéria: "Tradição de Natal e ano novo pelo mundo: consumo e cultura", a jornalista Rafaella Ranulfo, aborda como no Brasil, transformamos o Natal e Ano novo, em épocas de consumo, diferente de países como Japão e Coreia do Sul, que optam pela tradição, e não incentivam a prática do consumo.

No Brasil, no ano de 2021, um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), revelou que 53% dos consumidores pretendem comprar alguma peça de roupa para passar a virada do ano. Eu entendo que a maioria do país é religioso, mas em contrapartida a crença de utilizar roupas novas para não levar más energias para o próximo ano, é raramente um pensamento vindo de católicos e evangélicos, religião predominante no Brasil, não é atoa que utilizar vestimentas brancas não é sobre paz, na verdade é, mas está ligado com outras religiões, a Candomblé e a Umbanda, que são cotidianamente hostilizados pelos cristãos.

A pressão social diante de quem não se ajoelha sob essa prática, é sorrateira mas não é invisível. Não somos nós, enquanto indivíduos, que vamos salvar o meio ambiente, pelos menos não com esse discurso pró meio ambiente das empresas que corroboram com a destruição do mesmo, mas podemos salvar nossos bolsos de dividas. Cerca de 30% dos consumidores que vão comprar no Natal têm dívidas, será mesmo que vale a pena entrar em dívida para seguir uma tradição que você sequer acredita?