terça-feira, 22 de abril de 2025

No consumismo não existe prazer

  Talvez eu esteja errada ao taxar minha irmã mais velha de consumista, mas enquanto eu estudava e fazia de tudo menos prestar atenção no assunto que rodava na vídeo aula, me veio o seguinte pensamento. Recentemente comprei uma vela aromática de Flor de laranjeira, e durante o pagamento dela até o momento em que abro a caixa e sinto o cheiro, a ansiedade foi muita, e desde que a comprei recorrentemente paro para cheira-la e ficar feliz com minha compra. Diferente de minha irmã, que recentemente comprou uma bota e uma calça e ambas as vezes deixou-me abrir o pacote de encomenda, que no meu ponto de vista mostra que ela não faz muita questão das suas compras, o pensamento pode ser errôneo se eu usar apenas isso como base dele, mas talvez não também, então dando continuidade do porque penso isso.

 Desde mais nova fui acostumada com o pouco, não por falta de dinheiro (também por isso) mas que ter coisas era mais sobre o valor emocional ali presente do que o ato de compra, não é atoa que amo comprar roupa em bazares, acredito que comprar algo numa loja seja um sentimento diferente, eu já senti isso mas então abri meus olhos e vi que ali não tinha prazer algum além de pegar pontos todos os dias e poder comprar uma blusa definida como "y2k" mas que no final era só mais algo feito em massa para uma estética que logo seria esquecida (e realmente foi, já que hoje em dia o que cola com a galera é o dito boho chic). A partir desse pensamento comecei a estabelecer uma linha de querer algo ou não, e com esse pensamento comecei a amar tudo que tenho hoje, desde marcas textos e velas perfumadas até perfumes da granado. E o pensamento foi mais ou menos assim "preciso estabelecer meus gostos, depois disso, quando eu tiver interesse em algo eu preciso saber se realmente quero aquilo ou é algo do momento, após um mês desejando eu me dou o direito de comprar", desde então não compro nada por impulso, e o pouco que tenho, eu amo de verdade, eu não deixo de ter personalidade por ter pouca coisa, eu não deixo de ser cheirosa e arrumada por minhas roupas serem usadas, tudo que você faz tem que ser meticulosamente pensado se isso não te dará prejuízo a longo prazo.

 Diante da minha vivencia, tenho como entendimento que pessoas com estilo de vida consumistas não se importam o suficiente com seus bens, levando-os a consumir cada vez mais, tendo em vista que consomem com base em tendências e ciclos infinitos de uso e desuso. Infelizmente pessoas que se identificam com essa pratica estão fadadas a isso porquê em sua maioria, não se importam com os males ambientais que são causados a partir disso, e nem mentais levando em consideração que elas sabem que ou não tem mais espaço dentro de casa para continuar tendo esse luxo de comprar coisas todo mês ou dinheiro o suficiente para bancar gastos supérfluos. O que o EUA fez com o mundo é irreversível, pessoas tem para si que só serão felizes se estiverem na moda e ostentando, felizmente isso não é fato.

 Então por fim, venho estabelecer o porquê consumismo não tem paixão e o prazer ali é falso, como uma masturbação sem tesão. Todas as pessoas consumistas (sim estou generalizando) compram coisas por terem dinheiro e por terem mente fraca em não saberem gerenciar seus gostos e desejos, ao fazer uma compra não existe aquele desejo dela chegar, de você poder usar tantas vezes, e sim você ter aquilo como todos tem, logo vai para o lixo ou para doação, você não ama aquilo, você é vazio e está obcecado por parcelar coisas em 5x, consumismo é um câncer nascido nos EUA e trazido para meus país pobre. Minha irmã é viciada em compras, assim como ela eu gosto de comprar, mas tudo que ela tem é descartável.


segunda-feira, 14 de abril de 2025

Nós fizemos um lindo buquê

   Acabei de ver o filme mais triste da minha vida, apesar de já ter chorado muito com Past Lives da Celine Song (quem me conhece sabe que amo muito esse), acho que We made a beautiful bouquet vai além da tristeza de um filme com final triste, ele atravessa a tela do computador e começa a ser mais sobre você do que os personagens em si. Com certeza não seria o filme que mais amo por eu saber assumir quando um filme é bom apenas por ser (Past lives) e quando ele é apenas por eu me identificar com a história, que é o caso desse.

  Esse filme me fez questionar coisas sobre a vida:

EXISTE AMOR ETERNO?

  Será que o consumo constante por mídias que pregam o amor eterno não esteja necrosando nossos cérebros e que na verdade o amor se da pela convivência de dois seres humanos juntos? Ou será que realmente existe esse amor? Acredito que se esse amor realmente existir, poucas pessoas são escolhidas para recebe-lo. Não que exista uma pessoa lá encima designando esse amor para as pessoas, mas casamento nunca foi sobre estar apaixonado (sim, estou falando sobre amor romântico e não o qual temos por pessoas a nossa volta (que é lindo demais)) mas sim sobre compromissos com a vida, antigamente casamento era sobre dar e receber, hoje em dia deve ser sobre se tornar adulto e alguém respeitável. Então me veio o questionamento "O amor existe de fato, ou a paixão dura até certo ponto e a partir disso se torna sobre o quanto conseguimos conviver com quem convivemos".

No filme mostra a história do casal, okay, pareceu algo lindo, duas pessoas que não se encaixavam na sociedade se encontrando e percebendo que poderiam dar certo, mas será que ali era amor? se for para por na mesa e dizer algo, eu diria que eles eles apenas encontraram alguém tão esquisito quanto eles mesmos, mas vem ai o questionamento. O que exatamente é o amor? porquê se aquilo que eles tiveram não foi amor, o que foi? e o que uniria duas pessoas  além dos seus gostos em comum e sua convivência? pois a partir do momento que eles pararam de ter seus gostos igualmente compartilhados, o suposto amor deles "acabou", talvez seja uma palavra muito forte, "acabar" será que foi isso que realmente aconteceu?

No meu ponto de vista, ele tinha seus sonhos que foram desmanchados no momento em que ele teve sua mesada cortada, então percebeu que se quisesse continuar junto dela teria que arranjar uma renda fixa (capitalismo kk) e ela não pensou diferente, foi e fez o mesmo, mas diferente dele, ela não se deixou levar pelas coisas ruins que uma rotina pode trazer para vida de uma pessoa, enquanto ele já não tinha mais visão de futuro para os dois, que dizer, ele tinha, mas não era para a real pessoa que ela era, era apenas para a namorada dele, ele teria essa visão com qualquer mulher, porquê daquele tempo em diante ele só casaria com ela para formar finalmente uma família assim como as outras, não porquê tinham gostar parecidos, ou não se amavam, ali não era mais o que eu chamo de amor, ali era convivência. Por conta disso que me vem a pergunta, será que o amor existe? e se existe, será que dura para sempre? 

Se ele não dura para sempre tal qual o protagonista diz no filme, será que faz sentido eles terem rompido? porquê se o suposto amor seja sobre convivência, ela não vai achar o que tanto procura nunca, pois está fadada a uma rotina que fazem as pessoas questionarem se são humanas ou mais uma pessoa substituível no mercado, o filme mesmo deixa isso claro com o ocorrido do homem jogando o caminhão no rio.

Não sei qual é a lição, talvez seja sobre não deixar a rotina levar seus gostos, seu amor e sua vida por água abaixo, e infelizmente ele percebeu isso tarde de mais, acho que o término fez sentido, nem tudo da para ser consertado, e ela percebe que mesmo que ali existisse um futuro, não era o que ela buscava como alguém cheia de personalidade.

sábado, 5 de abril de 2025

Nova vida

   Como posso explicar isso, mas eu me mudei, hoje estou bloggando (?) de um lugar diferente, não somente cidade, estado mas de uma REGIÃO diferente, quem diria que meu pai cumpriria essa promessa que faz a tanto tempo, infelizmente (ou felizmente) eu me mudei, ao invés de chorar como achei que fosse, não, estou viva.

Não tenho impressões ainda sobre esse cidade pois ainda só fiquei dentro de casa, as vezes em que sai foi junto de minha irmã, mas algo que me incomodou um pouco foi o fato de não haver ônibus na cidade, e eu como uma amante de transporte publico fiquei bem triste já que não posso mais ir para qualquer canto apenas com 5,25 igual era na minha amada cidade Santos.

Ainda tem muita coisa por vir neste novo capítulo de minha vida, então mandem boas energias pois necessito de coisas boas em minha vida.

Leia também

Não sou uma pessoa convencional

      A um mês atrás vi um vídeo que discutia sobre a relação estabelecida entre os filósofos existencialistas, Simone de Beauvoir e Jean-Pa...