segunda-feira, 30 de junho de 2025

Você é incrível por ser triste, ou é triste por ser incrível?

    Meu sonho é ser alguém que as pessoas olham e pensam "queria ser ela", não por inveja, mas admiração. Durante minha vida, eu tive essas it girls ─ teve uma no curso que pintei meu cabelo de ruivo por ela. porém, sempre me gerava o desejo de ser, e não copiar. 
Uma "it girl" é uma jovem que se destaca por seu estilo, carisma e influência, muitas vezes criando tendências e despertando o interesse das pessoas em relação ao seu modo de vestir, agir ou pensar.

     Recentemente, vi um vídeo review do livro "A hora da estrela" da Clarice Lispector, e algo presente na review que me chamou atenção foi ela dizendo que, o que tornava a Macabéa especial, era o fato dela não reconhecer quem ela era, porém, seria muita hipocrisia me identificar com esta afirmação? Sentir que só serei feliz se deixar de ser eu é se identificar com a Macabéa ou até mesmo, Clarice Lispector? 

    Será que sou incrível e não reconheço? Quantas pessoas incríveis reconhecem toda sua grandeza? Ou será que só estou arrumando algum jeito de me sentir confortável na minha tristeza?

"É que ela sentia falta de encontrar-se consigo mesma e sofrer um pouco é um encontro"

        Sei lá, nunca mostrei ser alguém legal, e ninguém nunca me provou o contrário 

 

 Ninguém nunca tem nada para me dizer 

 Quando sua língua faz meio que uma bolha dentro da sua boa, então você sente seu estômago revirar, os questionamentos começam. Será que meu futuro será bom? Acho que o futuro é sempre algo que nos conforta, porque pelo menos não é o presente.

domingo, 29 de junho de 2025

sábado, 28 de junho de 2025

sábado, 21 de junho de 2025

Hoje sai e estreei meu novo cabelo, minha nova melissa e minha não tão nova calça


 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Eu sou o anti cristo

    Quando eu era criança, era encapetada, na pré-adolescência, fui rebelde, agora sendo adolescente, sou o anti-cristo. Durante minha vida toda, tive esses pequenos títulos que escondiam um pouco de verdade. Fui amaldiçoada com um pai de direita, uma mãe que não tem voz e uma irmã que tem opiniões de um seguidor da Choquei ─ óbvio que em algum momento esses títulos cairiam sobre mim. 
    Me questiono frequentemente sobre falar a verdade ─ essas duas palavras parecem virem carregadas juntas de pessoas ruins, mas prometo, que meu ponto é mais fundo. Minha vida foi somente possível porque meu pai, nos sustentou desde o nascimento ─ tanto o meu, quanto da minha irmã e irmão ─ então, nossa gratidão deveria ser eterna, como uma divida. Em um país, onde a maioria das pessoas não tem assumidamente um pai, ter um nos faz obrigatoriamente gratos. Mas, e quando esse pai faz a vida da sua mãe infeliz, estressa sua irmã, faz seu irmão de 9 anos ficar com raiva, e quase te deserdou uma vez ─ será que esse pai é bom mesmo? Depois, desse breve resumo sobre a figura, consigo dizer porque me considero alguém tão ruim.
    Frequentemente, eu, minha mãe e irmã entramos em um diálogo fervoroso sobre meu pai ─ principalmente agora que nos mudamos ─ mas algo que me vejo encarando junto dos diálogos, é o choque da minha mãe e irmã sobre meus comentários, diferente das duas, não sou religiosa, e os dizeres do ser eterno que está lá encima não caem sobre mim, então não tem nada que me impeça de dizer de boca cheia "eu quero o divórcio de vocês", segundo minha irmã, é feio dizer isso por eles serem meus pais. Mas e quando a religião e "a moral e os bons costumes" não são algo importantes para mim? Será que ainda tenho a obrigação de me por numa caixinha que deveria ter sido aberta há muito tempo?
    O título de anti-cristo, por essa vez não foi dado por nenhuma das duas como os anteriores, porém, diante a esse cenário, me sinto constantemente contra a religião após dizer que queria essas coisas.




sábado, 14 de junho de 2025

A importância de ter um diário

    Sei que eu já trouxe assuntos mais interessantes para o blog, mas meu diário estava me encarando na prateleira e tive que falar sobre o coitado.

    Como vocês sabem, leio igual uma jovem que é viciada no TikTok ─ não leio ─ porém, escrever já vem na direção contrária para mim, o que é contraditório, já que esses dois andam de mãos dadas. Desde muito nova, eu gosto bastante de escrever, mesmo na época eu sendo aquelas pessoas que escrevem poesias ruins ─ o que era uma pseudo-poeta se tornou uma pseudo-escritora ─ a chama nunca se apagou. Porém, num mar de pessoas que escrevem melhor que eu, nunca serei vista, mas isso já é algo triste demais para discorrer. Vamos para o tema principal.

    Devido à vontade constante de falar e ser ouvida, encontrei refúgio num caderno que minha mãe me deu. Apesar de gostar de escrever para vocês, eu não sou nenhuma Carrie Bradshaw ─ infelizmente, ainda não tenho minha coluna no The New York Star ─ então, a privacidade pode ser de bom grado às vezes. Nem tudo precisa ser dito para o mundo, porém, nem tudo precisa ser não dito. Recentemente, minha mãe disse que começa a pensar mais nas coisas quando ela fala, porém, como dito anteriormente, tem coisas que não podemos dizer. Então, se não são ditas, para onde vão?

    Diários, uma das melhores coisas feitas, apesar de só um título para: um caderno onde escrevo sobre tudo sem limites. É algo divino, todos deveriam ter um. Apesar da sua utilidade de escrever sem julgamento, ou escrever para pensar, ainda tem uma que vim pensando recentemente. Como Edmund Burke uma vez disse: "Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la." Por que, com nós sobre nós mesmos, seria diferente? Nossa vida é gigante. Eu já vivi 18 anos e sou considerada jovem, então, isso é só um pouco visto do quanto viverei ainda. Se nossa vida está ainda começando, será que lembraremos disso futuramente? Lhes digo: não. Por isso eu gosto de acentuar a necessidade de um diário. Às vezes, releio o que escrevi no meu aos 15 anos e fico "uau", são coisas que nos fazem abrir os olhos sobre nós mesmos.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Estar com alguém por conveniência dói menos que estar sozinha

    Você já se encontrou numa sala de aula, cheia de pessoas que você não seria amigo fora daquele ambiente? Agora imagina, sua vida girar entorno disso, amizades, namoros e trabalhos, todos convenientes. Quando você irá por seus gostos em jogo e começar a buscar coisas que te chamam atenção, e parar de estar com pessoas e em lugares apenas para não ficar sozinho.

    Estar sozinho, é um problema geral, infelizmente vivemos em um país onde estar sozinho significa algo, muita das vezes você é: chato, bizarro ou somente desinteressante. Recentemente, vi um vídeo de uma criadora de conteúdo, onde a premissa era "Rejeitado escolhe onde tem menos risco, não onde tem desejo" e acredito, que grande parte das pessoas vivem assim, principalmente nós enquanto mulheres, onde o mundo espera que estejamos com alguém, e essa necessidade constante acarreta em relações com pouca compatibilidade ─ ou nenhuma ─ Com isso, me vem o pensamento de Nietzsche "só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: continuarei a ter prazer de conversar com esta pessoa daqui 30 anos?" e sinto profundamente que isso não será o caso da grande parte das pessoas que atualmente tem alguém.

    Companhias, viraram algo supérfluo entre nós enquanto sociedade, ninguém vê o ato de estar com alguém como um passa tempo gostoso, somente como um serviço que você tem que fazer para o mundo, para ser considerado alguém digno de conviver entre pessoas.


DIFÍCULDADE DE ENCARAR A SOLIDÃO


    Anteriormente, postei um texto com o seguinte tema: A busca incessante pela felicidade e pela estabilidade emocional, sem utilizar artifícios para despistar da infelicidade de uma vida eterna. Nele, eu fazia uma reflexão sobre como utilizávamos steps para nos sentirmos completos ─ consumismo, sexo, comida e vícios ─ Isso está completamente interligado com o fato das pessoas não conseguirem mais ficarem sozinhas, estar sozinho é status de fracassado, mas e quando não é? Como você pretende encarar seu dia a dia somente consigo mesmo, vejo muitas pessoas que não dão um tempo para si mesmas pelo medo de não ter o que fazer com esse tempo reserva. Ter amigos, namorado se tornou uma forma de não encaramos nós mesmos no espelho no final dia e descobrirmos formas de nos auto entreter.

    Gostaria de terminar esse texto com um pedido, se olhe para dentro de si mesmo e se questione se vale a pena estar com pessoas que não te valorizam do jeito que você sente que deveria ser valorizado, ou se daqui a 30 anos ─ ou até menos ─ Você ainda vai querer conversar com seu parceiro(a).

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Não sou uma pessoa convencional

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