Ontem, ou talvez hoje já que não fui dormir ainda, o blog fez um ano. Estou muito feliz e grata, apesar do blog ser visto apenas por poucas pessoas, em geral meus amigos – esse lugar se tornou uma marca registrada do que sou hoje, agora consigo ver minha escrita em evolução e os temas que trago para o blog, mais bem desenvolvidos, obrigada quem acompanha!!!!
sábado, 27 de setembro de 2025
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Como a direita utiliza das pautas que frequentemente são alvos de ataque pela própria direita

quarta-feira, 24 de setembro de 2025
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
Como o algoritmo molda nossos gostos e a forma que consumimos
Alguns meses atras, publiquei no meu Instagram como um estilo de bijuteria/joia estava me atraindo, mesmo eu consumindo isso somente pelo Pinterest, mas como posteriormente eu descobri, pelo Tiktok, que estava entrando na moda ─ não sei como isso evoluiu porque eu desinstalei minhas redes. Ademais, ontem falei para minha amiga, que quando eu ganhasse minha maquina de costura, faria algo de bolinha, a mesma que detem a mesma estética que eu, disse que estava na moda, e eu pensei como o algoritmo é incrível pois, as únicas redes de fato SOCIAIS que utilizo, é o Twitter e o Substack, além deles, somente o Pinterest. Mais recentemente, vi pessoas no Substack dizendo como o Pinterest virou mais uma rede de comércio, mas não de uma forma convencional, como ele sempre foi, mas algo bem menos orgânico, disparando anúncios de uma forma pouco sorrateira. Então, assimilei esses dois fatos: Anúncios e Desejos, daí entrei no Pinterest, na minha página de entrada depois de algumas scrolladas, me deparei com eles, três anúncios de saias de bolinha, um COTTON-ON e dois da SHEIN.
Em primeiro lugar, é fundamental entender que o algoritmo, apesar de ter caído na boca do povo que nós o moldamos, é uma forma de comércio, moldamos na medida em que ele nos permite molda-lo, se consumo moda, me será apresentado as novas tendências de vestimenta, e com isso, como conseguirei obtê-las, por meio de anúncios que nos instigue a compra-lo. Modelos, e formas de fotografar "aesthetics", é o novo formato que vende, apesar do Clean girl ter virado sinônimo de coisa ruim atualmente, o minimalismo e a magreza extrema são marcas registradas nessa forma de divulgar as novas tendências, marrom, off-white, branco e preto, sem cores extravagantes demais, um bracelete aqui, uma argola lá, um pouco de Sade core ali.
Como as novas tendências visam a autenticidade, mas esvaziando a palavra?
Como o algoritmo ajudou para a criação da falsa autenticidade.
Concluindo.
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Interações me afligem
Eu queria fazer conexão telepática com quem troco palavras, olhares, interações. Não saber o que represento para o mundo me aflinge. Eu não desejo sumir, mas existo de uma forma tão forte e tão presente que sinto que cheguei ao pico mais alto de minha vida, não existe passado nem futuro, então o que existe além do agora, me resta algo além da ansiedade que é conversar?
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
A conveniência e hipocrisia da direita
Carência de pertencimento transforma pessoas pardas/negras, em "indefinido"
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Chavoso da USP - Thiago Torres |
"Indivíduos que espontaneamente se identificaram como negros, mas se classificaram como pardos de acordo com os critérios do IBGE. Para esse grupo, a identificação como negro é vista como uma opção ou como resultado de um processo de conscientização, e a identificação como pardo é vista quase como um fato objetivo. Nesse sentido, muitos entrevistados justificaram sua identificação racial como pardo, pois era a cor presente na certidão de nascimento, outros fizeram alusão à cor da pele para relatar que “não eram tão pretos/escuros assim”, outros ainda destacaram o fato de terem um dos pais brancos."
Pardos-negros:
"Em muitos sentidos esse grupo de entrevistados aproxima-se dos pretos-negros da classe trabalhadora. Para ambos os grupos a identidade racial só é problematizada em momentos de discriminação racial. A experiência de discriminação racial faz com que os dois grupos se aproximem ao se sentirem estigmatizados em oposição aos brancos. Uma hipótese para interpretar esse dado é que o repertório disponível para se falar de discriminação racial no Brasil faz uso do termo negro, e não dos termos pardo ou não branco. Dessa forma, ao falarem sobre discriminação, ou definirem sua identidade racial a partir da discriminação, os entrevistados que inicialmente se identificaram como pardos, passam a se ver como os negros."
Pardos-pardos:
"Entre os entrevistados que se definem como pardos-pardos, é possível notar certa resistência à identificação como negro – o que poderia ser interpretado como um suporte para a tese sobre a alienação dos pardos presente na literatura. No entanto, de forma mais consistente entre os nossos entrevistados, o que identifica esse grupo é a percepção de que não sofrem discriminação racial."
Em resumo, o que une negros-pardos-pardos-negros, é assumir que existe descriminação, e como a descriminação está amplamente ligada a negritude, se identificam como negros, além de um fator que seria a classe social, negros-pardos e pardos-negros são pessoas que muitas vezes ascenderam socialmente, e sentiram na pele que está entre brancos faz deles negros, pois para um racista não existe muito negro e poucos negro, existe apenas aquela cor que ele considera inferior a sua. Enquanto pardos-pardos, acreditam que não existe racismo com pardo, e a classe social deles é em sua maioria pobre.
"Em suma, para o grupo de pardos-negros, ser pardo está relacionado com a cor da pele, o registro da certidão de nascimento, ou ter um dos pais brancos – é quase um fato objetivo. Ser negro, por sua vez, está associado a ser discriminado e a reconhecer os episódios de discriminação racial. É exatamente a ausência do reconhecimento da discriminação racial que separa o grupo de pardos-negros do próximo grupo que identificamos, os pardos-pardos."
Agora voltando para meu caso, me faz pensar, eu não nego o racismo, mas será que consigo apontar ele, pelo menos comigo? Se eu pudesse me encaixar dentro de alguma dessas três classificações, eu seria parda-negra, sabe aquele senso negro de que você não pode fazer nada suspeito, e que deve sempre sair arrumado de casa? Sinto que carrego isso comigo, de que forma isso poderia ter sido passada para mim ─ minha mãe mesmo não sendo ligada a cultura negra, e se dizendo de direita, tem total noção da descriminação. Quando eu estudava em escola particular ocorreram duas situações comigo, a de zoarem meu nariz por ser largo e de zombarem meu cabelo, mas criança reproduz o que aprende, ou dentro de casa ou na rua, e naquele momento eu era negra, despenteada e do nariz de batata. A convivência com pessoas brancas me deixou mais parda-negra que nunca, mas ainda sei que onde habito, posso ser lida como paçoca, morena, café com leite, e isso é o que me amedronta sobre cotas.
A importância de unir forças pardas e negras vai além da militância do twitter, pessoas pardas sofrem racismo sim, medir quem sofre mais e menos preconceito é fazer competição de quem sofre mais, no final, ninguém ganha.
A pessoa, muitas das vezes, pode ser parda e se sentir uma pessoa negra, você tá de acordo comigo? É só ter uma pessoa mais clara que ela que ela vai se sentir negra [encarregado de serviços gerais, 51 anos].
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Pessoas legais só tiveram criações diferentes da norma
Estava pensando hoje, depois de ver um post no substack do filme Amelie, e lembrei de um vídeo do YouTube que vi a uns meses atrás. O vídeo em si era mais uma piada, e eu sequer terminei de ver, mas o tema era como Amelie era "sigma", diferente de todos, e isso, pelo menos da minha parte, é algo de se invejar, não necessariamente essa parte "sigma", isso já é tosquisse, mas a personagem em si, é admirável, mas o que desperta essa interesse sobre ela?
Quero falar isso enquanto brasileira, não tenho noção do resto do mundo, então direi algo que tenho um pouco mais de noção, porque pelo menos tenho algo que ninguém pode arrancar de mim, a vivência. Amelie uma garota que foi impedida de frequentar a escola por ser diagnosticada com um problema cardíaco, que sequer era verdade, com isso, a mesma desenvolveu uma certa autonomia, e outras coisas que compõem sua personalidade. Mas enquanto mulher brasileira, isso é algo fora da minha realidade, a protagonista é totalmente autonoma, não liga para nada nesse mundo, e com isso carrega um ar de única, está ai, única.
Consigo afirmar que o que torna esse filme interessante além da trama, é a protagonista, mas não porque é engraçada ou algo do tipo, mas que ela é totalmente invejável, além dos quesitos estéticos ao todo, sua personalidade e algo tão fora do padrão para nós pessoas comuns, alguém fechada mas que mesmo assim carrega consigo uma profundida, autenticidade, humor, tudo que alguém queria poder ter. Acredito então, que grande parte das pessoas que são admiradas é por conta de sua criação, a autonomia e o desdém é algo que pouca gente pode ter, somos seres sociais e quem é um pouco fora da norma é interessante e admirável.
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