sexta-feira, 30 de maio de 2025

A busca incessante pela felicidade e pela estabilidade emocional, sem utilizar artifícios para despistar a infelicidade de uma vida inteira

   Enquanto conversava com minha fiel amiga Nalanda, chegamos a esse assunto. Eu disse que tinha vontade de desejar coisas, então ela perguntou se eu tinha vontade de sofrer. Respondi que não, mas que sentia vontade de desejar algo, pois me considerava super centrada e bem resolvida. Foi a partir disso que começamos esse raciocínio.

      Existe alguém verdadeiramente feliz — ou melhor, satisfeito e estável com a vida que leva — porém sob as seguintes condições: essa pessoa precisa ser autossuficiente; a estabilidade emocional deve vir de dentro de si, sem consumismo desenfreado, sem vício em sexo, drogas, cigarro ou bebidas, festas ou até mesmo estudo e trabalho. Eu, como pessoa, reconheço que o momento da minha vida em que pude apontar certa felicidade foi justamente o momento em que estive mais ocupada. Mas será que alguém consegue se sentir estável dentro de si mesmo?

         Vivemos em uma sociedade em que a felicidade é pautada pelo consumo. Quanto mais você tem, mais feliz você deve ser feliz. Mas minha angústia vem da solidão. Se o que me deprime é a falta de rotina, será que tenho a capacidade de me tornar alguém estável, onde estar sozinha não seja torturante? Ou será que o sentimento de "desejo por desejar" estará sempre presente?

     Sinto que, enquanto ser humano e estando inserida em um âmbito social, é impossível alcançar a felicidade ou estabilidade que desejo.

quarta-feira, 28 de maio de 2025

     "Quero falar sobre tudo com pelo menos uma pessoa - do mesmo jeito que falo comigo mesmo" 

- Fiódor Dostoiévski

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Vidas passadas: passado, presente e futuro

     Como muitos sabem, meu filme favorito é Vidas Passadas, esse texto será uma análise sobre o filme e a vida que levamos no mundo contemporâneo, sobre dificuldades de seguir em frente em algumas situações da vida.

    Em primeiro lugar, vamos falar sobre o que se trata o filme: "Nora e Hae Sung, dois amigos de infância profundamente conectados, se separam depois de uma mudança. Duas décadas depois, eles se reencontram na cidade de Nova York para uma semana fatídica enquanto confrontam noções de destino, amor e escolhas" essa é a sinopse do filme, mas aprofundando um pouco mais. Nora, é uma garota coreana que tinha esse amigo, Hae Sung, após Nora passar por uma emigração da Coreia do Sul para o Canadá, e posteriormente passar por outra emigração, do Canadá para o Estados Unidos, mais especificamente, Nova York, então, se começa a narrativa, no qual Nora está buscando pessoas de seu passado nas redes sociais, junto de sua mãe, e descobre que seu amigo de infância, Hae Sung, também estava à procura da mesma, o sentimento de reciprocidade começou a crescer ali, mas logo em seguida me vem a pensamento. A tristeza de que algo poderia ter sido algo, é maior do que o tristeza de que algo que não foi vingado, e o filme faz a história entorno disso. 

    Hae Sung, tem uma vida coreana, de um homem coreano, ele mora com os pais, algo que é bem coreano, como Nora diz no filme. O que difere Na Young (atual Nora) de Hae Sung? E eu os digo, ter sido tirada de ser local de nascença, sabemos que Nora ainda se sentia presa no passado quando se deu a primeira (e última) chance de se relacionar com Hae Sung, 12 anos após sua emigração, e deu um basta quando escolheu ficar com seu marido, Arthur, posteriormente quando Hae sung visita Nova York. A vida de uma emigrante (de um país ainda por cima asiático) não deve ser fácil, a ponto da mesma saber que não poderia ter o privilégio de se manter um sentimento de duas décadas erguidos por tanto tempo, como Hae sung o fez, ela sabe o que sofreu para estar ali, por qual motivo arriscar tudo, por um sentimento que fazia parte de você quando seu nome não era nem o que sua mãe à chama atualmente, seria o certo? Mas por quê o sentimento de um "quase" é mais forte do que algo que deu errado?

    Durante o filme, Hae sung se relaciona com uma garota na China, mas fica bem nítido que a falência do seu namoro, doía menos do que sua "crush" de infância estar casada, esse sentimento se dá pela ansiedade de que algo poderia ter sido grande, e não foi por quaisquer motivos, que no filme seria a emigração de Na young, mas diante desta situação, o que nos garante que essa relação teria dado certo, porém nada nunca será concreto quando se trata desse assunto. É bem claro os motivos pelos quais Nora teve a capacidade de engolir o choro e seguir em frente, ela já não era mais a mesma a muito tempo, no momento em que foi tirada de seu país de origem, tudo mudou, amadureceu quase que forçada, e não era mais coreana, como ela mesmo diz no filme.

    Logo, podemos concluir que a vida está repleta de "e se", mas nós como seres humanos maduros, devemos saber lidar com o passado e o presente, assuntos devem ser encerrados mas muitas vezes não podem, nem por isso nossa vida irá girar entorno deste ponto específico de nossa trajetória que deu errado. Past Lives é um grande ensinamento de como devemos lidar com questões passadas.



    

quinta-feira, 22 de maio de 2025

In-Yun: O destino sempre nos reserva algo

      Eu consigo ver porquê as pessoas se apegam em religiões, eu não sou alguém religioso, mas sinto que acreditar em algo me trará coisas boas para mim mesmo, talvez budismo ou lei da tração, eu sempre tento me prender algo para deixar as coisas mais leves, ao invés da religião que muitas das vezes serve como manipulação em massa, eu busco mais um jeito de não encarar as coisas no sólido,

    No filme Past Lives da diretora Celine Song, somos apresentados a um termo nominado de "In-Yun", segundo o Google, é "A ideia de destino ou providência, especialmente no contexto de relacionamento entre pessoas", mas vamos focar na parte de destino. Eu penso recorrentemente nisso, não necessariamente no In-yun, mas na ideia de algo estar escrevendo minha história, porém, por conta da falta de religiosidade eu acho que eu deixo de acreditar em muitas outras coisas, o que é engraçado, como o pensamento cristão brasileiro faz com que devemos acreditar somente nisso ou não acreditar em nada. Minha mãe é cristã, minha família num geral é, logo, eles creem em algo, porém, é engraçado como eles fazem desdém das outras crenças, eu por exemplo, se dissesse que acredito em destino, eles ririam, mas para eles acreditam em um homem barbudo branco julgando o que fazemos é mais acreditável do que eu achando que existe algo que nos espera?

    Eu tenho formar de lidar com as coisas e seria interessante lista-las:

  • Tudo que é meu uma hora volta para mim;
  • Somente eu posso lidar com isso, pois tudo que envolve sentimento é psicológico e somente eu tenho domínio sobre mim mesma;
  • Tudo que acontece, está acontecendo porquê tem algo maior me esperando:
  • Tudo depende de mim.
    Conseguem perceber que nem tudo envolve religião, somos seres vivos e apesar de eu buscar algo para acreditar eu ainda mantenho meu foco de que as coisas só vão mudar se eu agir.






segunda-feira, 12 de maio de 2025

Sex and the city: homens serão o centro, mesmo quando você não quiser

     Recentemente, comecei a assistir o seriado "Sex and the city", o sentimento foi como ver um dorama americano, tal como um dorama a vida delas gira entorno de homem, e tal como um dorama, eu tenho que ignorar as problemáticas para ter algo funny para ver de vez em quando. Mas o ponto principal pelo qual comecei a escrever essa postagem, é sobre nós enquanto mulheres, fazemos nossa vida girar entorno de homens até mesmo quando nós não queremos que isso aconteça. 

    Hoje tive uma conversa com minha fiel amiga Barbi e chegamos a conclusão que não existe idade eufórica para nossa vida girar entorno de pênis. Quantas vezes você já se encontrou tendo que lidar com aquela amiga que só sabe falar de homem, você pode ter 14, 20, 30 até 40 anos que você irá encontrar alguém que só quer falar de homem, por que eu mentiria? eu já tive essa fase, e não posso negar, mas me envergonho todos os dias. Mas por qual motivo isso acontece, não é mistério para ninguém que vivemos numa sociedade que gira entorno de casamento, namoro e homens num geral, quem será de você sem um homem para chamar de seu, chega um momento de sua vida que você tem de começar a buscar mulheres que a vida não gira entorno de homens.

    Fica difícil se desprender desse estilo de vida quando o que mais tem na internet é conteúdo de namoro, ou como conquistar um homem e até mesmo "será que ele te quer mesmo?". Durante meus 16 anos me vi presa nesse tipo de conteúdo, até tarot aparecia para mim relacionado a homem, e com a onda de vídeos curtos chegando, fica cada vez mais fácil se aproximar desse tipo de conteúdo, e além de serem vídeos especulativos sobre pessoas que não são iguais, isso acaba que ocupa um espaço em seu cérebro que já está todo queimado de tanto ver tiktok, e você cai num universo inteiro de como se portar sobre homens e que enquanto você não tiver um, sua vida estará incompleta. Não é difícil de cair na laia de que você só será completa com um parceiro, tendo em vista que, hoje em dia é muito difícil encontrar uma amizade fiel para todas, minha irmã por exemplo, tem uma amiga que ela gosta muito, mas ela namora, e minha irmã quase nunca sai com essa amiga pois o namorado dela era do tipo mulherengo então se ela sair está dando liberdade para o mesmo, e esse assunto eu vou abordar em duas partes. Primeiro, minha irmã como mulher solteira se sente muito solitária pois uma de suas únicas amigas está presa num namoro que não tem liberdade, e isso faz com que minha irmã, assim como muitas mulheres busquem um namorado para poderem finalmente ter uma companhia. Segundo, o que faz alguém permanecer num namoro em que você sabe que seu parceiro pode te trair, mas mesmo assim não considera terminar? Para mim, é o grande ponto desse texto, o medo de ficar sozinha no mundo dos namoros.

    Em Sex and the city, um dos primeiros episódios é dedicados a vida de solteiro, eu ainda tenho 18 anos, então não sei o que é a vida de uma +30 solteira, então não vou entrar muito em mérito do que ocorre no ep, mas posso dizer outra coisa sobre a série. Quando a Carrie começa a se relacionar com o Mr. Big ela deixa claro como se distanciou das amigas, e só voltou atrás quando ocorreu uma situação ruim em sua vida, percebes como podemos ver essa lógica na vida real, você só liga para suas amigas quando ocorre algo na sua vida romântica que só volta para elas pois não pode recorrer ao Mr. Big.

    Diante disso, fica quase que impossível ser mulher e sua vida não girar entorno de como ter um namorado ou se já tiver, como conseguir fazer ele ficar mesmo ele querendo te trair. Acredito que isso nunca vá mudar, nossa vida foi resumida e homens, somos vistas como interesseiras, ciumentas, invejosas, e ruins, coisas que foram crescendo na cabeça da sociedade por conta de homens, saímos das cozinhas porque homens estavam morrendo, começamos a trabalhar e cuidar dos filhos sozinhas porque homens nos largaram, e hoje em dia com a onda do conservadorismo aumentando, e influencers de 15 anos fazendo vídeo para dizer "como eu amo homem", me faz sentir que estamos fadadas a fazer nossa vida ser sobre homens, mesmo que nem você sinta que seja. 



sexta-feira, 9 de maio de 2025

Adolescência, incels, ascensão do fascismo entre os jovens e café com teu pai

   


  A cada mês que passa vemos mais uma prova de como a misoginia está tomando parte (mais do que já estava antes) dos meninos, jovens adultos e adultos. 

    No mês de março de 2025, a Netflix estreou uma série chamada "Adolescência". Essa série gira entorno do assassinato de uma garota chamada Katie (Emillia Holliday), que logo de início nos foi apresentado o assassino, um menino de 13 anos chamado Jamie Miller (Owen Cooper). Ao decorrer da série, somos apresentados a um ponto de vista diferente do que nos é mostrado por pessoas adultas sem total noção do que se passa num ambiente escolar ou online, onde esses adolescentes estão inseridos. Nesse episódio (se eu me lembro bem, ep 2) o filho do detetive encarregado do caso, diz para o mesmo que o pai está seguindo o caminho errado da investigação, e o da uma luz para seguir para o lado certo. A série a partir disso começa a tomar um rumo diferente, e começa a tratar sobre: incels, cyberbullying e misoginia. Em NENHUM momento a série da a entender que o assassino é outra pessoa ou que tem um motivo obscuro, como abuso doméstico, assim como muitas pessoas levantaram. A série é clara e pontual, ele á matou pois, a partir do momento que ela não retribui a investida dele depois de ter passado por um momento fragilizado decorrente da misoginia do ambiente escolar, e após isso começar uma série de comentários maldosos sobre o mesmo, chamando-o de incel e por ai vai, ele se sentiu no direito de tirar a vida da mesma, isso nos é esclarecido no ep 3. Mas por qual motivo as pessoas não acreditam fielmente nisso mesmo a série sendo clara sobre as motivações do mesmo.

    Eu tenho 18 anos, concluí o ensino médio ano passado, então usarei minha experiência de vida para mostrar meu ponto de vista sobre os jovens, até porque sou uma. Quando entrei na adolescência também estava entrando na quarentena, aviamos acabado de passar pela fase que muitos nomearam de "Temercore" ou "Quebrando tabu", aquele período entre 2016-2018 onde pessoas repudiavam qualquer tipo de discriminação, sem desculpa de que era piada ou não, tendo 2019 como um respiro entre esse período e a quarentena, então, os jovens estavam ainda com o pensamento estabelecido durante o período temercore, todos sabiam que podiam ser diferentes e que estava tudo bem não seguir padrões sociais. Mas logo veio meu primeiro ano do ensino médio em 2022, parecia que todo aquele pensamento havia sido engolido junto da quarentena, meus colegas de sala faziam piadas racistas, homofóbicas e até mesmo nazistas, e nas redes sociais isso prevalece até hoje, e aumentando cada vez mais. No "X" (antigo twitter) somos enxurrados de comentários misóginos e de todas as espécies, o que era vergonhoso até tempo atrás, hoje se tornou motivo de orgulho, jovens de 13 anos em diante batendo no peito e dizendo que sim, são nazistas. 

    A partir desse pensamento contas hoje são criadas apenas para dizer o que mulheres devem se portar e como não serem vistas como rodadas. Um exemplo claro disso é um criador de conteúdo de vídeos curtos, chamado Breno Faria, onde um dos hits do momento é seu quadro denominado "Café com teu pai", referenciando o livro "Café com Deus pai". Nos vídeos desse quadro são ditas coisas como "Mulher de cabelo colorido, que se enche de piercing, ou que tem um monte de tatuagem tá dando claro sinal de ausência paterna" e "Uma porta que é aberta por todas as chaves, não serve para nada.", sempre tendo como alvo mulheres. Mas algo a ser notado em seus vídeos ou em vídeos em que outros criadores criticam o mesmo, sempre terá seus fieis escudeiros para dizer "vocês podem criticar, mas tudo o que ele diz é real" tomando como verdade absoluta tudo o que aquele criador que surgiu do nada, sem nenhuma fonte concreta ou dado social diz, apenas porquê o alvo são mulheres, porém em contraponto, quando mulheres dizem "todo homem é um estuprador em potencial" sempre terá um homem para provar que aquele fato é mentira, mesmo suas opiniões sobre abuso sexual sendo similares a de um estuprador real, vendo estupro apenas como sexo violento. Outro exemplo de criador de conteúdo que ficou popular por dizer coisas desrespeitosas sobre mulheres, é o Raim Santos, onde a frase do momento é "Nem toda mulher que tem tatuagem é puta, mas toda puta tem tatuagem", que novamente seus seguidores viram isso como fato. 

    A partir desses dois pontos, é certo concluir que, o publico não conseguiu enxergar as motivações do personagem Jamie ter cometido o assassinato pois os mesmos não enxergam misoginia como um problema real, o que incapacita as pessoas de enxergarem que sim, existe a possibilidade de jovens adolescentes matarem mulheres por misoginia e que cada vez mais isso vem se tornado algo comum em nossa sociedade, tendo em vista que criadores de conteúdos são aplaudidos todos os dias por dizerem como mulheres devem se portar e agir diante a homens perfeitos.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Todos estavam mentindo para mim ou eu que não enxergo a mim mesma?

  Como eu disse nas postagens anteriores, eu estou passando por uma situação no momento, e nada melhor que recorrer meus amigos para desabafar e dizer como me sinto. Durante os primeiros dias, meus amigos passavam a mão em minha cabeça, mas então fui recorrer a outra pessoa, que me disse várias coisas, algumas que sim, eu tive o senso crítico de dizer que era loucura, e outras que pude tirar algo e levar para meus grandes e fiéis amigos. Então, agora estou num questionamento profundo, pois, depois que trouxe esse ponto de vista diferente, meus amigos (não sei se do nada), começaram a me dizer outras coisas, e então fiquei mal, pois eu nunca havia me visto ou visto situações com os olhos que meus amigos diziam que viam, falaram que muitas das vezes eu era cabeça dura, e que não deveria julgar pessoa sem fazer diferente, acho que finalmente estou pensando fora da caixa, é bom, mas me sinto babaca.

domingo, 4 de maio de 2025

Será que depressão vai além de ficar deitado e não tomar banho

  Recentemente passei por uma situação que fere a alma de todos, não sou nenhuma sociopata, então feriu a minha também, a partir disso eu vim discutindo com muitos amigos sobre mim, e meus pensamentos, poucos levaram em algo, mas um específico me fez questionar minha saúde mental além do que eu pensei durante minha vida toda.

 Lá para 2016, houve uma ascensão da depressão, e no ano seguinte, 2017, eu me mudei de escola, meu 4° ano já não havia sido fácil, mas foi o começo de tudo ali, o 5° ano, o isolamento que sofri na nova escola foi tremendo, eu que era inteligente me passei por burra, eu que tinha minha dupla, já não tinha mais ninguém, e então, fiquei por isso até hoje em dia, mas algo sobre meu fundamental I que poucos sabem, é que eu sentia uma profunda vontade de me matar, meus pais não souberam lidar muito bem com isso e acabavam brigando comigo. Com o tempo isso foi sendo empurrado com a barriga, mas nunca esquecido, eu durante minha vida toda quis me matar, não sei se é possível medir pensamentos suicidas, pois apesar de sempre querer morrer, eu sempre tive vontade de viver também, sair dessa, me prometeram que quando saísse da escola melhoraria as coisas, mas acredito que isso tenha moldado minha personalidade, agora tô fadada a não ter muitos amigos.

 Mas então veio o questionamento, ontem um dos meus amigos me propôs o seguinte: "Ester acho que você tem depressão e não aceita", eu nunca tomaria esse fato como verdade por alguém que sequer estuda psicologia, mas fico pensando recorrente nisso, será que tenho depressão? Muitos dizem que é preguiça no rabo, mas eu de verdade não sinto tanta vontade de nada, as vezes sim, morrer vale mais a pena que me esforçar e continuar triste, nunca me taxei depressiva pois só com opiniões profissionais para fazer isso, e infelizmente não vou tê-las por um tempo. Então fica o questionamento, como a depressão ataca pessoas como eu? 

sábado, 3 de maio de 2025

Girl Recue: Dragon out!

  Eu jogo um jogo de celular chamado, "Girl recue: Dragon out!", e tem algumas fases em que eu simplesmente demoro muito para sair, e a umas duas noites venho pensando sobre isso, nossa vida é apenas um jogo com fases mais difíceis que outras, mas algo além disso, é o fato que as fases mais prazerosas são as que passamos com mais facilidade e logo nos vemos empacados em fases difíceis novamente. Por que isso acontece? Por que não podemos ficar muito tempo em um nível do jogo da vida onde é fácil, onde você sente um pouco mais de prazer e menos preocupação em sair dali? A vida se resume a você se sentir preso em fases ruins? Até quanto tempo isso irá durar, nós não somos dignos de vivermos momentos bons sem nos preocuparmos com o que virá depois, ou a vida se resume a você ficar tentando chegar em um misero momento bom.

Aprovada ou não?

  Apesar de eu não ser a pessoa mais genérica possível, mais amigável possível, e mais neutra possível, o sentimento de aprovação me acompanhará até o caixão. Se eu tenho que ser aprovada por todos, porque eu não me torno alguém mais aceitável socialmente? Eu sempre quero que gostem de mim, mas eu não abriria mão dos meus pensamentos para tornar um ser humano mais amável socialmente. Será que pessoas queridas muitas vezes não tem personalidade? Ou Deus as abençoou com personalidade muito boas, porque eu tenho dois amigos muito queridos, Bernardo e Nalanda, e dizer que eles não tem personalidade seria marcar atestado de mitomaniaca, porque eu conheço eles o suficiente para saber que eles são pessoas cheias de personalidade e ao mesmo tempo incríveis. Mas o que me difere deles? Eu não gosto que pessoas com opiniões idiotas venham dizer suas opiniões para mim pois eu já aumento a voz e digo que está errado e ponto. Eu não sou a pessoa mais "Porto Seguro" do mundo, e isso me deixa triste às vezes porquê meus amigos nunca me buscam para dizer sobre si, e quando eu busco alguém para falar de mim, são sempre as pessoas gentis e acolhedoras, eu tenho amigos que prefiro morrer a dizer como me sinto, os amigos que busco para dizer sobre mim, são sempre com vários amigos, sei que não é por acaso, eu queria muito ser a pessoa que os ouve.

(Eu não comecei esse texto com a intenção de ter uma conclusão porquê eu não sei a resposta disso, mas se vocês souberem, e lerem isso, podem me mandar mensagem já que quem lê esse blog tem meu WhatsApp).

 Espero que algum dia eu me torne alguém cheio de amigos e que seja querida por todos, foi sempre meu sonho, mas eu nunca soube como agir sobre as pessoas. Sempre que gostavam de mim eu agia com desdém pois acreditava que não era amor puro, apenas conveniência, mas e quando o amor sai de dentro da escola e conversam com você porquê querem e não por solidão? Como me portar quando gostam de mim? Como fazer alguém ficar na vida e como fazer mais gente entrar nela? Eu não sou a pessoa dos amigos, mas queria ser a pessoa simpática. Eu tô entre o simpático legal, e o obscuro misterioso, eu sou a pessoa que é comum.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

 


Mulheres do Taiti - Paul Gauguin 1891

"Com o início do dia 1° de maio, percebo aos olhos de May, não sou diferente desta lata de abacaxi"

   Um dos meus filmes favoritos se tornou uma marca para esse último 1° de Maio, infelizmente coisas ruins acontecem mas isso não nos define como pessoa. 

"Nada que não deu certo, foi permanente. Nada que deu errado, foi permanente. Por que se entregar ao medo? Onde está este "eu" que permanece prejudicado ou beneficiado? Nada tem garantia de dar certo ou errado. Somente o sofrimento é certo, quando existe o apego a resultados"


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